Conexsus publica Relatório de Monitoramento 2023

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O documento apresenta resultados e impactos, além de compartilhar evidências relacionadas a cadeias de valor rural e florestal, no campo da sociobioeconomia. 

Durante sua trajetória de seis anos de atuação, a Conexsus constatou os desafios para gerar evidências que confirmam os resultados e impactos dos negócios de base comunitária e impacto socioambiental. O texto de apresentação do Relatório de Monitoramento 2013 aponta ainda que verificou-se também “o número crescente de atores nos mercados compradores, agentes de financiamento e formuladores de políticas públicas, entre outros, interessados e demandando informações sobre os impactos gerados pelos negócios comunitários em conexão com a agenda de biodiversidade e mudança do clima”. 

Essas motivações levaram a Conexsus a sistematizar resultados e impactos. Entre os grandes números, o relatório destaca que 160 negócios comunitários participaram de iniciativas da Conexsus em 2023,  dos 422 empreendimentos acompanhados entre 2020 e 2023, 93% são negócios comunitários e  7% empresas de impacto.

O relatório destaca também o aumento de 42% no faturamento dos negócios comunitários, em relação aos resultados de 2020. Em 2023 o faturamento total foi de R$ 146 milhões, enquanto o faturamento médio por negócio foi de R$ 1,9 milhões, o que representa aumento de 21% em relação a 2020. A estimativa da média mensal per capita ficou entre R$ 1.234 e  R$ 1.430.

Com relação aos territórios dos negócios comunitários, o relatório constata que  a área total de abrangência é de 124 mil hectares, sendo 57,3% na Amazônia, 13,3% no Cerrado e 6,6% na Caatinga. Outro dado importante é que 43% negócios comunitários adotam modelos de produção ambientalmente responsáveis e 31% estão em processo de transição. 

Segundo os dados do relatório, a receita gerada pelos 10 produtos com maior comercialização foi de R$ 74 milhões. Os produtos desta lista são cacau, açaí nativo, milho, castanha do Brasil, óleos vegetais, banana, feijão, frutas, borracha e  mandioca. 

Entre os desafios presentes na jornada em busca da demonstração de resultados e impactos, a partir do monitoramento dos negócios comunitários, o documento destaca aspectos como o fato de os negócios comunitários não constarem em estatísticas oficiais:  a maioria é muito frágil na geração, gestão e disponibilização de suas informações. O relatório destaca também que as  áreas de abrangência dos negócios comunitários podem ter múltiplas configurações territoriais: unidades de conservação, terras indígenas territórios tradicionais, tais como territórios quilombolas, áreas de ribeirinhos, projetos de assentamentos (convencionais ou diferenciados), posses e propriedades particulares. 

Abordagens do monitoramento

Atualmente, o sistema de monitoramento da Conexsus opera em três frentes distintas: negócios comunitários, unidades produtivas e geoespacial. Elas também correspondem às diferentes estratégias institucionais.

Quanto aos negócios comunitários é nesse nível do monitoramento que se verificam os principais resultados e impactos das iniciativas da Conexsus, com levantamento de informações em formatos tanto abrangentes quanto amostrais por meio das equipes técnicas e pela ferramenta de auto-avaliação de maturidade “Trilhas”. Quanto às unidades produtivas,  em caráter amostral, no âmbito do Programa CrediAmbiental, que abrange negócios comunitários da Amazônia e do Sul da Bahia, acontece o monitoramento da base socioprodutiva dos negócios comunitários. Já a perspectiva geoespacial abrange o levantamento dos impactos ambientais dos negócios comunitários com repercussão na agenda das mudanças climáticas em nível regional.

Acesse o relatório completo AQUI